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19/02/2010

A água em nós

 
 
 
 
 
 
 
A água em nós






A água corre sempre, a água cai sempre, é pura metamorfose entre os elementos, dissolve, assimila. E é por ela que os nossos devaneios adquirem substância. Quem sonhou perto do mar, onde o azul dos segredos se revelaram, sabe dos seus encantos.


A água: contemplação que se aprofunda, fluidez e maleabilidade que transporta.


Sabem os poetas, que a linguagem das águas é pura realidade: dos regatos e dos rios inspiradores, entre o mar e as ondas, entre o nosso sentir e sua exteriorização.


Somo seres líquidos, de infinitas combinações: de águas clara, primaveris, correntes, amorosas, tempestuosas, sensuais.


As águas vivas em nós, operando na síntese do nosso olhar, no olhar das coisas suaves, tanto graves, tanto pensativas: é um olhar da água que nos comove.


Em nosso olhar, é a água que sonha, luz líquida, irisada e fluída que vê, ora se inquieta, sofre suas delícias, perde-se, abisma-se no sentir das suas volúpias, canta ou faz de si lágrimas inquietas, e sorrisos de pura cor aniz.


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